terça-feira, 29 de junho de 2010

Pessoas, humanizadas e desumanizadas




Desde que nascemos somos cercados por elas, de fato o nosso mundo são elas, é para elas que falamos as primeiras palavras, damos os primeiros passos, é para elas que estudamos e tentamos incansavelmente num processo normal ou demasiadamente penoso nos destacarmos.

Trabalhamos como condenados em troca do carro do ano, muitas das vezes nem por questão de conforto, mas pelo gosto do saber que você ao atravessar com a sua nova dívida na esquina de sua casa está sendo objeto de inveja, milhares de olhos inchados estão te olhando e isto nos faz sentir bem, se mais humanos eu não sei, mas bem.

Os sentimentos (seria humanos?) tem desaparecido com freqüência, e me vem a cabeça uma letra de música, já antiga, mas ainda tão viva quanto qualquer outra letra atual, “e hoje em dia como é que se diz eu te amo?”. Paro nas minhas tardes, sentado na rede fumando um ou dois cigarros e me vem a cabeça a pergunta, e procuro incansavelmente no meio das fumaças as respostas, quase que embriagado me perco e durmo descontente por não saber.

Porém com todos os meus descontentamentos com a raça humana, comigo mesmo, decidir optar por melhorar, de alguma forma fazer a diferença, decidir ser mais sincero com as pessoas, para receber em troca sinceridade, decidir dizer eu te amo para amigos, para em troca ouvir um eu te amo, decidir ajudar quando se vê um necessitado para em troca ser ajudado ao passar por necessidades, decidir humanizar com ou sem a ajuda dos deuses, é o melhor que podemos fazer, estou cansado de mentiras e invenções, sou real, meu mundo é real.

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